35 anos do DOF: contribuições para as fronteiras do Brasil

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Fazer uma retrospectiva dos trabalhos realizados pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF), nestes 35 anos de atuação é visualizar uma curva ascendente em termos de segurança pública para a região de fronteira.
O DOF faz parte da estrutura da Secretaria de Segurança Pública e é a primeira unidade especializada em policiamento de fronteira do Brasil. Tem como foco de atuação a região de Mato Grosso do Sul junto ao Paraguai e a Bolívia e sua área operacional se estende por 53 municípios.
Segundo o Diretor do DOF, Coronel Wagner Ferreira da Silva, especialmente os últimos 2 anos foram um período de preparação para o DOF consolidar-se como uma das organizações mais preparadas tecnologicamente e também para reforçar os investimentos em capacitação dos policiais. “Investimos em tecnologia de ponta, em viaturas mais modernas e inclusive vamos receber uma aeronave para as fiscalizações. Quisemos tornar a unidade mais abrangente, de maior capacidade de alcance, mas também de maior qualidade no trabalho”.
Somente de 2020 até agora, foram retiradas de circulação mais de 515 toneladas de drogas – 264 toneladas em 2020, 195 toneladas em 2021 e neste ano, até o mês de maio, quase 57 toneladas. Desde a criação da força especializada (em 1987), já foram apreendidos mais de 1 milhão de quilos de entorpecentes. Em meio a recordes de apreensões de drogas e demais ilícitos, Coronel Wagner também comenta sobre o futuro. “A nossa expectativa para os próximos anos é que além de atender à segurança pública de forma satisfatória, não sejamos apenas uma unidade de repressão ao crime. Que nosso efetivo esteja cada vez mais capacitado para entender o que é a região de fronteira, suas dinâmicas sociais e econômicas e como vivem as pessoas dessa região: os brasileiros, paraguaios e bolivianos e as diversas outras nacionalidades que acabam se integrando na fronteira, povos indígenas, agricultores, etc. Que possamos colaborar com o desenvolvimento da sociedade brasileira e dos países vizinhos”.
Luciano Stremel Barros, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), destaca que em termos de dimensão, o Brasil é muito grande e a fiscalização das áreas de fronteira não pode ser somente responsabilidade da União. Nós parabenizamos o DOF por todos estes anos de excelência no trabalho, que tem sido realizado com muito profissionalismo e cada vez mais investimentos na qualificação da equipe. Sem dúvida, um exemplo para todas as regiões do Brasil”.

História do DOF

Criado no dia 28 de maio de 1987, o Grupo de Operações de Fronteira (GOF), com efetivo de 16 policiais (oito militares e oito civis) tinha a missão de realizar o policiamento na região da Grande Dourados, no combate ao contrabando de soja, narcotráfico, furto e roubo de veículos, de cargas e em propriedades rurais, golpe do seguro e outros crimes específicos na região. Em 1989, o Grupo, baseado em Campo Grande, foi transferido para Dourados, com a missão de fazer o policiamento itinerante na fronteira. Em 1994 os policiais ganharam uma nova base, um prédio construído e cedido pela Salve, em Dourados.

Dois anos depois, o GOF deu lugar ao DOF (Departamento de Operações de Fronteira (DOF), que, mais tarde, passou a atuar também na fronteira de Corumbá, principal porta do tráfico de cocaína. Em 2006 foi ativada a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), integrada ao Departamento. A partir de 2009, um Decreto Estadual regulamentou a unidade como Departamento independente e uma Resolução de 2020 formalizou o raio de atuação do DOF em 53 municípios do Estado, incluindo todas as comunidades da Faixa de Fronteira e as cidades sob influência da região fronteiriça, abrangendo 730,8 quilômetros de fronteira seca, onde o trânsito de pessoas e tráfego de veículos ocorrem sem nenhum obstáculo ou barreira.

*Com informações da ASCOM/DOF

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