Em entrevista à rádio Cultura, presidente do IDESF fala sobre a vulnerabilidade das fronteiras brasileiras

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Foz do Iguaçu tem registrado pequenas melhoras nos últimos anos na formalização da economia, o que se reflete em indicadores como o crescimento do PIB e da geração de empregos e a redução nos índices de violência. Ainda assim, a cidade que é a maior concentração urbana das cidades gêmeas brasileiras, está em situação tão vulnerável quanto as demais áreas fronteiriças.

A avaliação é do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Luciano Stremel Barros, durante entrevista ao programa ‘Contraponto’, da rádio Cultura AM na manhã desta terça-feira (28). Barros foi falar sobre o Diagnóstico do Desenvolvimento das Cidades Gêmeas do Brasil, estudo que o IDESF lança essa semana para todo o País a partir de 32 cidades gêmeas brasileiras.

O estudo apontou que as cidades gêmeas estão aquém à média nacional em vários indicadores das áreas consideradas essenciais: saúde, segurança, educação e economia.

Foz do Iguaçu registrou um índice de homicídios de 37,51 para cada cem mil habitantes em 2016, resultado mais positivo se comparado ao ano anterior, quando o indicador foi de 41,32. A média da cidade é mais alta que a nacional, que é de 27,85 mortes para cada cem mil habitantes. Ainda assim, fica bem abaixo de outros municípios de fronteira brasileiros, como Paranhos (MS), onde o número de homicídios chega a 109,70.

Entre as alternativas para essas regiões está o desenvolvimento do turismo de forma integrada. “É preciso investir em desenvolvimento e não, necessariamente, em segurança pública. Porque o desenvolvimento vai gerar a condição de segurança”, avaliou Barros.

Sobre o IDESF – O IDESF é uma instituição sem fins lucrativos, com sede em Foz do Iguaçu (PR), fundada com objetivo de criar mecanismos para promoção da igualdade e da integração entre as regiões de fronteira, para o fortalecimento das relações políticas, sociais e econômicas e para o combate aos problemas próprios destas regiões, por meio de estudos, ações e projetos e através de parcerias públicas e privadas.

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